Mauro Cid revela à PF que círculo próximo de Bolsonaro persistiu em atacar urnas eletrônicas mesmo ciente de sua segurança

Antigo auxiliar reforça colaboração com a PF e sustenta informações obtidas durante delação premiada

O longo depoimento prestado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de Jair Bolsonaro (PL), à Polícia Federal, teve como propósito elucidar vários aspectos relacionados à sua delação premiada, confirmando elementos das investigações sobre questões como vacinação, esquema de comercialização de joias sauditas, e até mesmo um plano de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com a coluna da jornalista Camila Bomfim do G1, o militar relatou que os aliados de Bolsonaro já tinham ciência de que não havia fraudes nas urnas eletrônicas e que o sistema era seguro e confiável. “Durante o depoimento, Cid descreve que, mesmo conscientes da legitimidade das urnas eletrônicas, o grupo continuou propagando narrativas desacreditando o sistema, considerando tal atitude como fundamental para respaldar o suposto golpe em planejamento”, destaca a matéria.

As mensagens recuperadas pela PF do celular de Mauro Cid também confirmaram que, apesar dos relatórios e reuniões que afirmavam a segurança das urnas, o discurso e os planos do grupo persistiam, incluindo a elaboração de uma minuta do golpe e a suspeita de um texto golpista editado pelo próprio Bolsonaro.”

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